5 eBooks com 75% de Desconto!

Aprenda Formação de Acordes, Escalas, Campo Harmônico, Leitura de Partitura, Ritmo e Modos Gregos.

eBooks de Teoria Musical
Saiba mais >

Importante: se preferir livros em formato físico (impressos), clique aqui.

Importante: se preferir livros em formato físico (impressos), clique aqui.

Escalas de Acordes – Menor Melódica

Dando continuidade às Escalas de Acordes Menores, hoje vamos falar das Escalas do Campo Harmônico da Menor Melódica.

ATENÇÃO: É essencial que você já tenha lido nossos posts sobre Escala de Acordes do Campo Harmônico Maior, sobre a Escala de Acordes do Campo Harmônico Menor Natural e sobre a Escala de Acordes do Campo Harmônico da Menor Harmônica.

Neles, nós explicamos toda a metodologia utilizada para compreendermos este estudo e como são formadas as escalas destes campos harmônicos.

Explicamos o que são notas de acordenotas de tensão e notas de passagem, conceitos essenciais para compreendermos as escalas de acorde.

Portanto, se você ainda não leu esses posts, não deixe de conferí-los.

Escalas de Acordes da Menor Melódica

Chegou a vez de descobrir quais notas podem ser utilizadas como tensão e como passagem em todos os 7 Graus do Campo Harmônico da Menor Melódica.

O primeiro passo para montarmos as escalas do acorde é analisando cada acorde, começando desde o primeiro grau até chegarmos ao sétimo.

Depois que montarmos as Notas da Tétrade (Notas de Acorde), devemos completar utilizando as notas restantes da Escala que originou o acorde. Aí, teremos então, as Notas de Tensão e Notas de Passagem.

Método:

  • Caso a nota da escala esteja a 1 Tom de distância da nota de acorde anterior, ela é nota de Tensão, caso ela esteja a 1 Semitom de distância da nota de acorde anterior, é nota de passagem.
  • Classificaremos as tensões em referência do acorde, e não em relação ao tom. Por exemplo.: No quarto grau do Campo Harmônico de Dó temos o acorde F7M. Quando colocarmos a nota si para completar a escala devemos perguntar: o que a nota Si é em relação a Fá? Ela é uma quarta aumentada.
  • Quando a nota da escala for uma tensão, iremos utilizar os intervalos compostos. Quando a nota da escala for de passagem, usaremos intervalos simples.
  • Pegando o mesmo exemplo acima, o Si seria classificado como Quarta aumentada (#4) caso fosse uma nota de passagem. Se ele fosse uma nota de tensão seria uma Décima primeira aumentada (#11).

Pode parecer complicado, mas conforme formos fazendo, tudo se tornará mais simples.

A prática vai ajudar a compreensão.

Informações Básicas Importantes Sobre a Menor Melódica:

Para este post, é bom relembrarmos as notas da Escala Menor Melódica e do Campo Harmônico Menor Melódica.

Tomaremos como base o tom de Lá Menor.

  • Escala Menor Melódica:

Graus: I – II – bIII – IV – V – VI – VII

Notas: A    B       C        D       E     F#   G#   

  • Campo Harmônico da Menor Melódica:

Im7M – IIm7 – bIII7M(#5) – IV7 – V7 –  VIm7(b5) – VIIm7(b5)

Am7M  –  Bm7  – C7M(#5)–D7  –E7  – F#m7(b5)  – G#m7(b5)

Menor Melódica- Im7M

Nossa primeira escala partirá do primeiro acorde do Campo Harmônico da Menor Melódica, o Im7M.

Vamos fazer tudo aqui pensando na tonalidade de Lá Menor, logo, é essa escala que nos servirá de base.

Primeiro Passo:

Montar a Tétrade: Am7M – Notas > Lá, Dó, Mi, Sol#.

Segundo Passo:

Completar a escala com as notas restantes > Si, Ré, Fá#.

Juntado tudo: Lá, Si, Dó, Ré Mi, Fá#, Sol#

Repare que do Si para o Lá temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra, O Si é nota de tensão. E vimos que Notas de Tensão serão representadas por intervalos compostos: Si seria a segunda, no caso, será a T9 (Tensão Nove).

Do Ré para o Dó temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra, O Ré é nota de tensão. E vimos que Notas de Tensão serão representadas por intervalos compostos: Ré seria a quarta, no caso, será a T11 (Tensão onze).

Do Fá# para o Mi também temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra o Fá# será nota de Tensão. Ele Será 6 (Nota de Tensão seu intervalo em relação à fundamental do acorde é de sexta maior, portanto, 6). 

Neste caso nós não colocamos a tensão no intervalo composto pois a sexta pode ser considerada também como nota de acorde, pois é cambiável com a sétima maior na formação da tétrade. Isso quer dizer que o acorde poderia ser Im7M ou Im6.

Após todo esse processo, geramos a seguinte escala para o Am7M:

escala-menor-melodica
  • Tensões da Escala Menor Melódica: 1 – T9 – b3 – T11 – 5 – 6 – 7
  • Acordes Possíveis: Im7M – Im7M(9) – Im7M(11) – Im7M(9,11) – Im6 – Im6(9) – Im6(11) – Im6(9, 11).

Lídia#5- bIII7M(#5)

Agora vamos construir nossa escala sobre o Terceiro acorde do Campo Harmônico Menor Melódica, o bIII7M(#5).

Primeiro Passo:

Montar a Tétrade: C7M – Notas > Dó, Mi, Sol#, Si.

Segundo Passo:

Completar a escala com as notas restantes > Ré, Fá# e Lá.

Juntado tudo: Dó, Ré, Mi, Fá# Sol#, Lá, Si.

Repare que do Ré para o Dó temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra, O Ré é nota de tensão. E vimos que Notas de Tensão serão representadas por intervalos compostos: Ré seria a segunda, no caso, será a T9 (Tensão Nove).

Do Fá# para o Mi temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra, será nota de Tensão. Notas de Tensão serão representadas com intervalos compostos, portanto: T#11 (Nota de Tensão e ela é uma quarta aumentada – em formato composto – em relação à fundamental do acorde).

Do Lá para o Sol# temos 1 Semitom de distância, logo, segundo nossa regra o Lá será nota de Passagem. Notas de Passagem serão representadas com intervalos simples, portanto: P6 (Nota de Passagem e ela é uma sexta em relação à fundamental do acorde).

Após todo esse processo, geramos a seguinte escala para o C7M(#5):

escala-lidia#5 - originada da menor melódica
  • Tensões da Escala Jônia #5:1 – T9 – 3 – T#11 – #5 – P6 – 7
  • Acordes Possíveis: bIII7M(#5, #11) – bIII7M(#5,9) – bIII7M(#5, 9, #11).

Mixo b13 – V7

Agora vamos construir nossa escala sobre o quinto acorde do Campo Harmônico da Menor Melódica, o V7.

Primeiro Passo:

Montar a Tétrade: E7 – Notas > Mi, Sol#, Si, Ré

Segundo Passo:

Completar a escala com as notas restantes > Fá#, Lá, Dó

Juntado tudo: Mi, Fá#, Sol#, Lá, Si, Dó, Ré.

Repare que do Fá# para o Mi temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra, O Fá# será nota de Tensão (T9).

Do Lá para o Sol# temos 1 Semitom de distância, logo, segundo nossa regra, será nota de Passagem. Será a P4 (Nota de Tensão e seu intervalo em relação à fundamental é de quarta).

Do Dó para o Si temos 1 Semitom de distância, logo, segundo nossa regra o Dó seria nota de Passagem.

Contudo, nos acordes dominantes algumas coisas mudam um pouco.

Este tipo de acorde é muito mais receptível à algumas tensões que não são bem aceitas por outros tipos de acordes (como maiores e menores por exemplo).

Trata-se de uma questão cultural.

Nosso ouvido foi “aceitando” ao longo dos anos, tensões como b9 , #9 e b13 em acordes dominantes, porém, não para acordes maiores e menores.

Partindo deste princípio, o Dó será a Tb13 (Nota de Tensão e seu intervalo em relação à fundamental do acorde é de décima terceira menor, portanto, b13).

Ou seja, nos acordes dominantes poderemos ter Tensões como b9, #9, b13…você verá tudo isso aqui com a gente.

Ele Será Tb13 (Nota de Tensão e seu intervalo em relação à fundamental do acorde é de décima terceira menor, portanto, b13).

Após todo esse processo, geramos a seguinte escala para o E7:

escala-mixob13 originada da menor melódica
  • Tensões da Escala Mixo b13: 1 – T9 – b3 – P4 – 5 – Tb13 – b7
  • Acordes Possíveis: V7 – V7(9,b13) – V7(b13).

Mixo #11 – IV7

Agora vamos construir nossa escala sobre o quarto acorde do Campo Harmônico da Menor Melódica, o IV7.

Primeiro Passo:

Montar a Tétrade: D7 – Notas > Ré, Fá#, Lá, Dó

Segundo Passo:

Completar a escala com as notas restantes > Mi, Sol#, Si

Juntado tudo: Ré, Mi, Fá#, Sol#, Lá, Si, Dó, .

Repare que do Mi para o Ré temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra, O Mi será nota de Tensão (T9).

Do Sol# para o Fá# temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra, será nota de Tensão.  T#11 (Nota de Tensão e ela é décima primeira aumentada em relação à fundamental do acorde).

Do Si para o Lá temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra o Dó será nota de Tensão 13 (T13).

Após todo esse processo, geramos a seguinte escala para o D7:

escala-mixo#11 originada da menor melódica
  • Tensões da Escala Mixo #11: 1 – T9 – b3 – T#11 – 5 – T13 – b7
  • Acordes Possíveis: IV7 – IV7(9) – IV7(#11) – IV7(9,#11) – IV7(9,13) – IV7(#11,13) – IV7(9,#11, 13).

Essa escala também é conhecida como Lídia b7, pois apesar de ser um acorde com estrutura de dominante (o que nos leva a chamar de Mixo #11) ela está no quarto grau, que seria a posição Lídia e de função subdominante.  

De qualquer maneira isto não muda em nada, são exatamente as mesmas escalas, porém, só mudam o ponto de partida para o cálculo dos intervalos e das tensões.

Lócria 9 – VIm7(b5)

Agora vamos construir nossa escala sobre o sexto acorde do Campo Harmônico Menor Melódica, o VIm7(b5).

Primeiro Passo:

Montar a Tétrade: F#m7(b5). Notas > Fá#, Lá, Dó, Mi

Segundo Passo:

Completar a escala com as notas restantes > Sol#, Si e Ré.

Juntado tudo: Fá#, Sol#, Lá, Si, Dó, Ré, Mi.

Repare que do Sol# para o Fá temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra, o Sol# é nota de Tensão.

Ele será a T9 (Nota de tensão e seu intervalo em relação à fundamental do acorde é de nona maior, portanto, 9).

Do Si para o Lá temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra, será nota de Tensão. Será a T11 (Nota de Tensão e seu intervalo em ração à fundamental do acorde é de décima primeira, logo #11).

Do Ré para o Dó temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra o Ré será nota de Tensão Tb13 (Nota de tensão e seu intervalo em relação à Fundamental é de uma décima terceira menor.)  

Após todo esse processo, geramos a seguinte escala para o F#m7(b5):

escala-locria9 originada da menor melódica
  • Tensões da Escala Lócria 9: 1 – T9 – 3 – T11 – 5 – Tb13 – 7
  • Acordes Possíveis: VIm7(b5, 9) – VIm7(b5, 11) – VIm7(b5, b13) – VIm7(b5, 9, 11) – VIm7(b5, 9 ,b13) – VIm7(b5, 11, b13) – VIm7(b5, 9, 11, b13).

Dórica b2 – IIm7

Agora vamos construir nossa escala sobre o segundo acorde do Campo Harmônico Menor Melódico, o IIm7.

Primeiro Passo:

Montar a Tétrade: Bm7 – Notas > Si, Ré, Fá#, e Lá

Segundo Passo:

Completar a escala com as notas restantes > Dó, Mi e Sol#.

Juntado tudo: Si, Dó, Ré, Mi, Fá# Sol#, Lá.

Repare que do Dó para o Ré temos 1 Semitom de distância, logo, segundo nossa regra, o Mi é nota de passagem.

Ele será a Pb2 (Nota de Passagem e seu intervalo em relação à fundamental do acorde é de uma segunda Menor).

Do Mi para o Ré temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra, será nota de Tensão. Será a T11 (Nota Tensão e seu intervalo em relação à fundamental do acorde é de décima primeira).  

Do Sol# para o Fá# temos 1 Tom de distância, logo, segundo nossa regra o Lá seria nota de Tensão 13.

Se montarmos um acorde de Bm7 com a décima terceira iremos gerar a sensação de preparação, pois ele irá soar como um E7(9).

O problema de fazermos isso é que estamos em um acorde do Grau IIm7.

Como já vimos no post sobre Campo Harmônico, o Grau IIm7 possui função subdominante.

Ao tocarmos essa suposta T13 sobre o Bm7 (a nota Sol#) iremos promover uma sonoridade de preparação, ou seja, iremos pegar um acorde subdominante e colocar uma nota que irá caracterizá-lo como dominante.

E essa não é a nossa intenção aqui.

Por isso, que, mesmo estando 1 Tom acima da nota de acorde anterior, nós vamos considerar que nos acordes IIm7 o sexto grau é nota de Passagem também.

Após todo esse processo, geramos a seguinte escala para o Bm7:

escala-doricab2 originada da menor melódica
  • Tensões da Escala Dórica:1 – Pb2 – b3 – T11 – 5 – P6 – b7
  • Acordes Possíveis: IIm7 – IIm7(11).

Essa escala também é conhecida como Frígia 13, ou Frígia 6. São exatamente as mesmas escalas, contudo pensar em Frígia 13, ou 6, considera a Escala Frígia como ponto de partida para se calcular os intervalos e tensões.   Fique a vontade para usar a forma que você ache melhor.

Resumo das Escalas da Menor Melódica:

Agora que aprendeu a montar as Escalas de Acordes na Menor Melódica em Lá menor, você já é capaz de fazer o mesmo em qualquer tonalidade. O processo é o mesmo.

As tensões e notas de passagem de cada Tipo de Escala de Acorde serão sempre as mesmas.

Portanto, basta apenas montar o Campo Harmônico da Tonalidade que você quer de forma correta e aplicar as tensões e notas de passagem de cada Escala.

Resumindo aqui para vocês, no Tom de Lá Menor:

escalas-campo-harmonico-menor-melodica

Obs.: Repare que as escalas originadas a partir da Menor Melódica possuem muito menos notas de passagem que as escalas que partem da Menor Natura e da Menor Harmônica.

Por isso, a Menor Melódica é muito utilizada no contexto da improvisação, principalmente, jazzística. 

Por terem poucas situações em que temos notas de passagem, elas facilitam muito na hora do improviso, além de conferirem uma sonoridade especial aos solos.

Ela e as Escalas do Campo Harmônico Maior são muito comuns nesse meio.

Agora, isso não quer dizer que as outras escalas não serão utilizadas, pelo contrário, as Escalas Menor Natural e Harmônica, além de Pentatônica e várias outras, também são aplicadas para improvisação, cada uma no seu devido contexto.

Chegou a Hora de Aplicar ao Instrumento

Agora que você aprendeu a montar as Escalas de Acorde no Papel, chegou a vez de passar para seu instrumento.

Monte os acordes e aplique as tensões possíveis de acordo com a Escala do acorde do Momento.

Procure bases na internet e tente improvisar tentando repousar nas notas de acorde, depois faça o mesmo com as notas de tensão.

Perceba a sonoridade e o impacto causado ao repousar nas notas de acorde e nas notas de tensão. Quais sensações elas geram?

Nas notas de passagem, procure usá-las em tempos fracos no compasso e por pouco tempo, apenas passeando por elas sem repouso.

Nos acordes, nem pense em colocar as notas de passagem…

Bons Estudos!

Divirtam-se.

Abraços.

Acelere Seu Aprendizado Musical

Já imaginou dominar tudo sobre FORMAÇÃO DE ACORDES, ESCALAS, CAMPO HARMÔNICO, LEITURA DE PARTITURA, RITMO E MODOS GREGOS?

Pois é, temos um material completo e riquíssimo para que você possa aprender todos esses assuntos: Nosso Combo 5 em 1 da Teoria Musical e Harmonia.

São 5 e-books sobre todos esses assuntos + 2 aulas sobre harmonia no tom menor + áudiocurso sobre intervalos para treinar seu ouvido.

E o melhor de tudo, tudo isso com uma condição incrível: Leve 5 e pague 1.

Confira todos os detalhes de oportunidade clicando no botão abaixo.

Quero saber mais!