Quando o assunto é formação de acordes, muitas dúvidas surgem na hora que vamos estudá-los e, dentre elas, os acordes invertidos são um dos tópicos que mais dão dor de cabeça.
Mas fique tranquilo, preparamos uma aula rápida e explicativa para acabar de uma vez por todas com essa sua dor de cabeça.
Tanto as Tríades quanto as Tétrades podem ser formadas a partir da sua inversão.
Hoje falaremos das inversão das tríades para depois falarmos desse mesmo processo nas tétrades.
Como Fazer Acordes Invertidos?
Podemos montar nossos acordes alterando o baixo. Isto quer dizer que, nossa primeira nota pode não ser mais a fundamental do acorde, podendo ser um dos outros graus que o compõem, seja ele uma tríade ou uma tétrade.
Quando o acorde possui o seu baixo em uma nota que não seja sua fundamental podemos dizer que temos uma inversão de baixo.
Ao cifrarmos uma inversão de acordes devemos colocar uma barra inclinada ( / ) para indicar que ocorreu uma inversão e em seguida colocar qual nota foi colocada no baixo do acorde.
Veja alguns exemplos:
- C/E – Dó com baixo em Mí;
- D/F# – Ré com baixo em Fá Sustenido;
- A/E – Lá com baixo em Mí.
Inversão nas Tríades
Vamos ver agora como ficam as tríades invertidas.
Iremos explicar o processo em dó maior e depois iremos aplicar as mesmas ideias nas outras tríades, levando sempre em conta as diferentes possibilidades de terças, quintas e sétimas.
Inversão em Tríades
Vimos que a tríade maior de C possui as notas C – E – G. Sendo C a fundamental; E a terça maior e G a quinta justa.
Temos então duas possibilidades de inversão:
1° inversão: Baixo na terça do acorde
3 – 5 – F
Sendo assim, teremos:
Formação | C/E |
Terça Maior | E |
Quinta Justa | G |
Fundamental | C |
Podemos concluir então que a tríade de C/E é formado pelas mesmas notas da tríade de C, porém com o baixo na terça do acorde, gerando: E – G – C.
2° Inversão: Baixo na quinta do acorde
5 – F – 3
Sendo assim, teremos:
Formação | C/G |
Quinta Justa | G |
Fundamental | C |
Terça Maior | E |
Podemos concluir então que a tríade de C/G é formada pelas mesmas notas da tríade de C, e de C/E, porém com o baixo na quinta do acorde, gerando: G – C – E.
O mesmo processo pode ser aplicado nos outros formatos de tríade.
A seguir, temos uma tabela com as possibilidades de tríades e suas inversões com exemplo em C:
Tríades | Fundamental |
Maior Ex.: C | F – 3 – 5 C – E – G |
Menor Ex.: Cm | F – b3 – 5 C – Eb – G |
Aumentada Ex.: C(aum) | F – 3 – #5 C – E – G# |
Diminuta Ex.: C° | F – b3 – b5 C – Eb – Gb |
Tríades | 1° Inversão |
Maior Ex.: C | 3 – 5 – F E – G – C |
Menor Ex.: Cm | b3 – 5 – F Eb – G – C |
Aumentada Ex.: C(aum) | 3 – #5 – F E – G# – C |
Diminuta Ex.: C° | b3 – b5 – F Eb – Gb – C |
Tríades | 2° Inversão |
Maior Ex.: C | 5 – F – 3 G – C – E |
Menor Ex.: Cm | 5 – F – b3 G – C – Eb |
Aumentada Ex.: C(aum) | #5 – F – 3 G# – C – E |
Diminuta Ex.: C° | b5 – F – b3 Gb – C – Eb |
Inversões Maiores
Inversões Menores
Inversões Diminutas
Obs.: A execução de tríades diminutas é extremamente rara. Quase sempre, um acorde diminuto é executado em tétrades, e quando isso acontece, suas inversões são equivalentes a outras tétrades diminutas. Por isso, na prática, inversões diminutas não acontecem. Mas para efeito de estudos, é importante saber como se comportam as tríades diminutas e suas possíveis inversões.
Inversões Aumentadas
Repare que as alterações de baixo ocorreram da mesma forma em todas as tríades, podendo ser na terça ou na quinta.
Devemos ficar atento à formação do acorde para não confundirmos as notas a serem invertidas.
Por exemplo, numa tríade menor devemos lembrar que a terça é menor e que isso se mantém nos acordes invertidos.
O mesmo serve para as quintas aumentadas e diminutas.
Inversão de Acordes no seu Instrumento
Agora, chegou a hora de você passar este conhecimento para o seu instrumento.
Experimente montar os acordes e suas inversões em diferentes regiões do instrumento.
É importante ter em mente que os instrumentos melódicos, apesar de não tocarem acordes, tocam sempre pensando nos acordes.
Por isso, é tão importante possuir um conhecimento sólido neste assunto.
Mesmo que você toque um instrumento melódico (baixo, saxofone, flauta, e etc…), é importante que você saiba montar os acordes (em seu estado fundamental e os acordes invertidos) em algum instrumento harmônico (pode ser violão, teclado, piano, guitarra, e etc…).
Desta maneira, você conseguirá transmitir este conhecimento para o seu instrumento de origem com muito mais facilidade e desenvoltura.
Para auxiliar na sua evolução musical, veja as nossas dicas para otimizar seu treino e melhorar bastante os seus resultados.
Lembre-se de utilizar o metrônomo.
Bons estudos!
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